Monday, November 7, 2011

"How many lives are living strange?"

Não vou falar aqui do óbvio: pobreza, falta de educação, de amor, impunidade, ignorância nada disso.
Isso sempre está presente em nossa indignação diária.
Quero falar de uma coisa estranha, de uma coisa chamada insatisfação.
É incrível o número de pessoas que eu converso que estão insatisfeitas. E a maioria são mulheres.
Eu fico pensando se isso é um ciclo natural, o ponto de declive da revolução feminista. O ponto crítico de inúmeras mulheres que ficam trancadas o dia inteiro em escritórios. É esse o público mais insatisfeito? Ou é só o público a que tenho acesso?
Fazemos tudo, cuidamos de tudo, somos cobrados por tudo... Eu só queria descansar um pouco, tomar um suco na beira de uma piscina e ver minha filha crescendo correndo pelo jardim.
Mas, e se eu não estiver num escritório, será que conseguirei ter uma piscina e um jardim?
Já bem diziam que as melhores coisas da vida são de graça.

Um outro ponto: muitas me falam que sempre parece que esperam algo que nunca chega. E eu pergunto a mim mesma várias vezes: porque nao paro de esperar e vou la buscar o que quero?
Porque sou covarde, porque tenho muito a perder se nao der certo, porque o tempo passou...
E a culpa de não fazer nada? Por mais dificil que pareça, é fácil só reclamar, não é?
Prático...mas muito vazio.

E como faz para preencher tudo isso?




2 comments:

  1. Vc. falou sobre um ponto que é tão verdadeiro. É muito difícil sairmos da inércia e realmente levantarmos as mangas, com certeza é mais fácil ficarmos sentadas reclamando. O que tememos??? A derrota?? Pode ser, mas é melhor tentarmos e derrotarmos do que nunca tentarmos, o não dói, mas o incerto dói mais ainda.
    Beijos
    www.marinaliberman.com.br/blog

    ReplyDelete
  2. Oi Marina! Definitivamente é muito mais fácil falar do que fazer, mas você tem razão quando diz que o incerto dói, e o arrependimento de não ter feito alguma coisa pesa muito!
    Coragem é a palavra-chave.
    Beijos!

    ReplyDelete